segunda-feira

sem descrição

E aí, o  que acontece no encontro e no afeto é tão indescritível, que diante da distância existe um vazio... cheio de nada a dizer... pois o que se compartilha, talvez não tenha nem expressão... sabe?
Apenas sentimos... e ponto!
E olha que eu costumo imaginar as coisas abstratas em cores e formas...

passa, passa...

Nesses dias ando tão cansada! tão, e tanto que dá a impressão que acabou não só o trabalho, não só o dia...
Me pego num estado quase letárgico, com a sensação de que o amanhã não virá...

quarta-feira

Recorrente...

Me fixam  com uma certa ternura aqueles olhos verdes brilhantes...
Percebo o olhar discreto que reflete um fundo de esperança também, como se esperasse resposta, alternativa para a sua vida...
Certa feita, a psiquiatra me alertara sobre o que chamou de estigma da responsabilidade, sob o qual eu teria nascido...
Às vezes isso faz muito sentido, pois me sinto responsável, embora saiba que tal situação não é uma exceção, mas sim expressão cotidiana daquilo que não tá certo, que é injusto e desumano...
Vejo que talvez eu não suporte mais... não por muito tempo... argumento, insisto, falo algo na tentativa de confortar, estimular, não sei se há retorno, se há ânimo...

Aqui dentro também tem uma pontinha de desesperança, de confusão e de angustia, mas diante dessas situações me vejo tão egoísta e futil, com anseios tão banais...

Esses olhos, presentes em duas esferas cotidianas esperam de mim o que talvez eu não ainda não sou, ou não queira ser...
Mas o certo, no meio de tanta incerteza, é que primeiramente (e novamente) preciso organizar o que se passa aqui dentro...