quinta-feira

Porque???





Pelo simples fato de que somos diferentes   (e ponto, como se fosse pouco)!
Complexo é o esforço  pra compreender tudo isso... inventariar... (re) significar...

Ainda criança  "queria sempre achar explicação pro que eu sentia", no entanto algumas coisas são inexplicáveis. Não é por isso que deixam de ter suas sensações descritas...ou deixa-se de lado sua relevância...
Difícil é o exercício de preocupar-se consigo mesmo sem que isso seja sinônimo de egoísmo, banalidade, etc...
No entanto, algumas reflexões a cerca de certas responsabilidades assumidas indevidamente com a felicidade do outro têm gerado em mim certo efeito em algumas posturas e motivado na tomada de decisões.
Não tô querendo julgar se agiu certo ou errado... quem sou eu para fazê-lo?
Penso que devemos nos comprometer em ouvir e acolher as diferenças, lembrando que cada um é diferente, e manifesta em sua forma de ver o mundo, a construção de si mesmo enquanto pessoa, através das suas vivências e valores ( que são diversos, e por vezes tomamos como equivocados numa contraposição aos nossos próprios).
Moldar o sujeito para as nossas vontades... isso sim  é puro egoísmo... porque não contribuo para que seja mais autônomo e feliz!
Se tiver que mudar para o seu próprio bem, que deseje fazer isso!E o faça por  si mesmo, pelo mundo, pela vida!!!
Tutelar esse tipo de "mudança" (entre aspas  porque não ela não há de fato dessa forma) é frustração na certa... senão hoje pelo aparente fracasso, então amanhã, pela dependência excessiva.
E aí, de repente me pego nessas... começando a falar sobre mim, e terminando de falar sobre o outro...
No entanto, na intensidade que adquirem certas emoções em dados impasses, acabo condenando... pelo motivo de que nossa semelhança reside no fato de eu também ser vulnerável...

Expressa a sugestão de que preciso olhar e cuidar um pouco mais de mim...

terça-feira

Que chova!!!

É necessário, sabe...
Há muita planta florescendo que precisa ser regada!!!
Colorindo e perfumando tudo lá fora, nos concedendo  mera contemplação...
Anúncio da primavera! Tão esperada e amada!
Talvez seja esse mesmo o elemento inspirador das momentâneas e coletivas euforias...
Os ipês roxos e os amarelos abrilhantam todo o trecho dos encantamentos em potencial e/ou descobertos casualmente...
Até protesto de cães e gatos nos propomos!
E nós, apreciadoras, proferimos cotidianamente o cortejo ao dia lindo, o elogio ao senhor e a senhora distinto e simpática!

"Tudo azul, completamente blue"!

relembrando...

Paralelo a diálogos naquele espaço conturbado... atrolhado de emoções e expectativas diversas, ouvia um clássico elogio a sua amada...
Ousei traduzí-lo, previamente conhecendo o significado daquelas palavras, e por alguns instantes, revivi histórias que tiveram como pano de fundo essa trilha sonora:

Wonderful Tonight, de Eric Clapton!

curte aí:

http://www.youtube.com/watch?v=j3r6CyxyqGc&feature=related

quinta-feira

recorte de um trecho muito significativo para o momento

          Desde então, fiquei pensando( não que antes eu já não tivesse remoído e despendido valiosos minutos refletindo inútil e insistentemente) que há algo de muito confuso nessa ironia toda mascarada de alguma coisa fantástica e maravilhosa...
       Perdi algo que me devolvera, mas que não me faria falta, no entanto viver sem ela...
Porém, percebi que outras coisas importantes que perdi, em circunstâncias semelhantes me faltarão ao longo desta jornada... enfim, tempo não se recupera, mas se regeneram partes despedaçadas vez por outra... 
Constantes leituras, por influência e geradoras de apreço:

     "Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim.

    Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa" (Caio F. Abreu)





sexta-feira

o que restou desde ontem?

Sem sombra de dúvidas, ao amanhecer do dia e ao som dos passarinhos cantando há mais de hora, aquela água quente escorrendo pelo corpo significava a melhor coisa do mundo da semana, pra fechar com chave de ouro um trecho percorrido marcado pela expectativa das andanças.
Desejou que aquele líquido insípido pudesse trazer de volta a sua integridade física deixada em alguma parte da última madrugada, inesperada, vivida louca e intensamente sem planos, sem rumo definido...
Há outra coisa que não deixou dúvidas, no final das contas... apesar do lacrimejo, bocejo, sequela, fantasia, imagem da cena de crime, tédio e bobagem de cada uma no seu quadrado que seguiram ao longo do outro dia...
Só duvido que (não) adivinhem...


Sabe porque é tão óbvio?
É tudo acaso, nessa arte de encontros e desencontros... mas certas coisas soam tão providenciais, compreendem?Ao menos ao momento em que cada uma vive...
A pilha instantânea àquela hora... os encantamentos com todas as coisas...a resistência em se deixar repousar, a ousadia ao desconhecido, a pechincha inusitada, o vegetariano consumidor de frango(hehheheh), o consenso nas frustrações, e td mais que não foi pontuado aqui.


ps: seria bacana sim consagrar o trio ternura, que já ensaia dedicadamente suas vivências...