terça-feira

Ressignificação

Tenho ouvido tanto essa palavra...
e sinceramente, me propus a compreendê-la, e muito provavelmente tenho vivenciado a tal experiência...
originalmente, ela surgiu como reflexão para a minha prática docente, pois seria o momento em que colocaria em cheque tudo aquilo que já vinha pensando e pretendendo para a minha atuação.
Mas percebi, nesse meio tempo, que é propícia para o todo das esferas da vida...
Ressignificação - pressupõe que já houvesse uma significação, um conjunto de significados...
São tantos... e aí, volto à dificuldade em selecionar o principal, porque aparentemente tudo é importante, tudo faz sentido... me detenho em vários elementos que são muito encantadores, mágicos inclusive, apesar de partirem de uma realidade, que não é, nem de longe, sedutora...
como descartar algo, rotulando-o como se não fosse importante???
aiiiii, que difícil, preciso de uma luz!!!!

Às vezes, parece que é isso aí mesmo!!! tá tudo certo, só seguir o baile...
em outros momentos, entro em crise, por um sentido...

"aceito a condição"

segunda-feira

onde desliga?

ai, que bom seria se pudesse desligar...

(me)desligar, só um pouquinho
só um tantinho...
já bastaria pra aliviar esse sufoco
de estar sempre plugada
gastando energia em vão

dilacerando a mente, corpo e coração...

sexta-feira

descartar

Esse exercício aparentemente simples... profundamente complexo

se desfazer de algumas coisas... quais coisas?

um caro companheiro me disse uma vez que a arrumação física era um ótimo exercício para organizar também aquilo que está dentro de nós...

concordo plenamente, e através dessa atividade que vez por outra preciso desenvolver, reflito que tenho muita dificuldade em selecionar, priorizar, descartar...

e isso não quer dizer que eu não saiba o que eu quero...que sou muito exigente, etc;
pode ser que eu não saiba, em todas as vezes, o que eu NÃO quero, e por isso é difícil ficar com aquilo que deveria ser o que realmente preciso e quero...
Acabo guardando muita coisa que não deveria... que ocupam espaço e não são úteis...

Fernando Pessoa fala em um de seus textos, que é preciso descartar lembranças, fotografias, etc... mas sinceramente, não acredito que as jogando fora, seremos mais felizes... assim, como se nada tivesse acontecido...

penso que não devemos ficar presos ao passado, concordo em gênero, número e grau... mas considero pouco sadio banalizar todas as experiências anteriores, como se fossem sempre uma queda em pedras que machucou mas vai sarar um dia...

Não descarto as minhas lembranças,vivências, meus afetos e desafetos (não dá pra enconder também)...
Mas me proponho a tê-los como algo que contribuiram para que eu seja como sou e faça as minhas escolhas como julgar conveniente...
Guarddo tudo, embora algumas coisas, inconscientemente vamos descartanto porque vez ou outra caem do bolso sem nos darmos conta... e muito provavelmente essas sim, sabíamos que não eram tão indispensáveis assim...